Gestão Financeira na Era da Complexidade: o desafio de transformar dados em inteligência

Nos últimos anos, o papel do CFO deixou de ser apenas o guardião das finanças para se tornar o copiloto da estratégia corporativa. Em um ambiente de incertezas econômicas, juros elevados, mudanças regulatórias e pressão crescente por eficiência, as empresas exigem da área financeira não apenas relatórios contábeis, mas capacidade de antecipar cenários e orientar decisões críticas. No entanto, a maioria das organizações ainda enfrenta um obstáculo central: os dados financeiros estão fragmentados, inconsistentes e chegam tarde demais.

Tempo gasto no lugar errado

De acordo com pesquisa da BlackLine (2024), quase 40% dos CFOs não confiam completamente nos dados financeiros de suas próprias organizações. Isso significa que, em muitas empresas, o tempo das equipes ainda é consumido na coleta e consolidação de informações, restando pouco espaço para análises estratégicas. O impacto é silencioso, mas profundo:

• Fechamentos mensais que atrasam decisões de investimento.

• Dificuldade em enxergar a real rentabilidade por cliente, produto ou região.

• Incerteza ao precificar contratos ou renegociar dívidas.

• Perda de credibilidade frente a investidores e órgãos reguladores.

A pesquisa Pigment (2024) reforça esse cenário: 89% dos CFOs reconhecem já ter tomado decisões baseadas em dados imprecisos ou incompletos.

O novo papel do CFO: de historiador a futurista

Historicamente, o financeiro se dedicava a olhar para trás: “quanto gastamos?”, “qual foi a margem do último trimestre?”. Agora, espera-se que a área tenha a capacidade de projetar o que vem pela frente: “como estará o fluxo de caixa em seis meses?”, “qual o impacto financeiro de uma expansão internacional?”, “qual risco temos de inadimplência em determinada carteira?”.

Essa transição exige uma base sólida de dados confiáveis, mas também um mindset diferente, em que o CFO atua como arquiteto de cenários e não apenas como auditor de resultados.

Não à toa, pesquisa da Gartner (2024) mostrou que 70% dos CFOs têm como prioridade liderar a transformação digital em suas empresas, e 90% afirmam que vão aumentar os orçamentos de Inteligência Artificial, sendo que 71% deles projetam alta de ao menos 10% em relação a 2023.

Da conformidade à resiliência

Outro ponto muitas vezes negligenciado é que a gestão financeira não lida apenas com compliance e números para auditoria, mas com a própria resiliência da empresa. Num contexto de crises como a pandemia, ou de volatilidade cambial e de crédito, quem tinha informações financeiras estruturadas conseguiu reagir rápido: renegociou contratos, ajustou custos, redesenhou o fluxo de caixa. Quem não tinha, ficou paralisado.

A Grant Thornton (2024) aponta que otimização de custos, eficiência operacional e digitalização são hoje as áreas de investimento prioritário para líderes financeiros, e isso só é possível quando os dados estão claros, integrados e confiáveis.

Finanças orientadas por dados

O que diferencia as empresas líderes hoje não é o tamanho da equipe ou a sofisticação do ERP, mas a capacidade de unificar, estruturar e transformar dados financeiros dispersos em inteligência de negócio. Isso significa integrar informações de ERP, planilhas, sistemas bancários, CRMs e operações em um único hub confiável, acessível em tempo real e com governança robusta.

É aqui que entra o diferencial de soluções como o I-KNOW, da IN10: ao organizar e estruturar dados de diferentes fontes, a plataforma libera a área financeira do papel de “curadora de planilhas” e a posiciona como parceira estratégica da alta gestão.

Mais do que fechar o mês, trata-se de abrir caminhos para o futuro, com cenários preditivos, relatórios de rentabilidade por cliente, análises de risco em tempo real e, sobretudo, decisões que sustentam a perenidade do negócio.